Educadora avalia série 'Adolescência' e alerta pais: "Conversem mais com seus filhos"

Cláudia Costin, ex-diretora global de Educação do Banco Mundial, ressaltou a importância do controle dos pais sobre o que os filhos consomem na internet

BandNews FM

A série Adolescência, da Netflix, vem gerando bastante debate nas redes sociais devido à sua temática relacionada ao bullying virtual, ao impacto das redes sociais e ao ódio contra as mulheres. Para discutir o assunto, a BandNews FM ouviu a especialista Cláudia Costin, ex-diretora global de Educação do Banco Mundial.

"Essa série traz uma questão profunda sobre como as redes sociais têm afetado a saúde mental dos adolescentes, que atualmente são vistos como uma geração ansiosa. Então, ela serve de alerta para os pais em relação ao ciberbullying, porque sabemos como agir diante do que acontece no espaço físico, mas nem sempre temos o mesmo preparo para lidar com o que ocorre no ambiente virtual", explicou.

A especialista em educação ressaltou a importância de os pais estarem atentos ao que os filhos consomem na internet. "Às vezes, protegemos demais as crianças, impedindo que saiam para a rua por medo da violência presencial, mas esquecemos que elas e os adolescentes dormem com o celular ao lado da cama e, muitas vezes, passam a noite sendo 'cancelados' na internet ou expostos a conteúdos impróprios para sua faixa etária. Isso é muito preocupante", afirmou.

Cláudia Costin orienta os pais a evitarem o uso do celular durante momentos de lazer com os filhos e durante as refeições. Além disso, recomenda que os responsáveis não deixem que as crianças levem o celular para o quarto na hora de dormir, garantindo assim noites de sono mais tranquilas. Segundo ela, essa medida pode reduzir o tempo de exposição dos adolescentes à internet e facilitar para os pais o entendimento sobre o que está acontecendo com seus filhos.

“O uso do celular interfere no sono e permite que os adolescentes naveguem de forma excessiva e viciante, muitas vezes sem qualquer supervisão. O ideal é que esse uso ocorra de maneira coletiva, com a presença dos pais. Por isso, é fundamental que os responsáveis conversem mais com seus filhos e também com os professores. Isso pode não ser a solução definitiva, mas certamente ajuda”, completou.

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