Eduardo Oinegue: Por que Bolsonaro, que era liberal, virou intervencionista?

Jornalista aponta semelhança em conduta do atual presidente com seus antecessores

Rádio BandNews FM

Bolsonaro toma decisões para intervir na estatal
Foto: Agência Brasil

O âncora do BandNews FM No Meio do Dia e do Jornal da Band, Eduardo Oinegue, cita discurso contraditório do presidente Jair Bolsonaro para analisar as contradições que os políticos brasileiros adotam no país.

Ele cita alguns exemplos para ilustrar seu pensamento: “FHC que jurou respeitar a constituição, quando assumiu seu mandato, a primeira coisa que fez foi modificá-la, permitindo assim sua reeleição. O Lula inventou a Dilma, depois que a petista fez um governo tão pavoroso, ele deixou ela de lado e se abraçou com Geraldo Alckmin, que tanto criticou. Bolsonaro não está longe dessas contradições, entrou na presidência demonizando a velha política, agora quem dá as cartas em seu governo é o Centrão”.

Eduardo Oinegue enfatiza as contradições do atual governo em relação a Petrobras, a maior empresa do Brasil. Segundo o âncora, o presidente, que se elegeu com uma agenda liberal, hoje toma decisões para intervir na estatal. “Bolsonaro está fazendo como a Dilma fez, de um jeito diferente, mas é intervenção da mesma maneira”.

O jornalista lembra que políticos não seguem uma orientação política clara. Oinegue associa essa condição com a falta de ideologia dos partidos nacionais: “Esses políticos se associam à um partido, que não tem convicção nenhuma, logo, eles estão a serviço de suas ideias pessoais”.

O âncora do Jornal da Band conclui destacando que essas contradições serão sempre recorrentes caso a estrutura dos partidos e da política brasileira não seja alterada, pois a condição atual favorece isso: “Enquanto isso não for resolvido, a vida do eleitor será cada vez mais difícil, é uma caixa preta, pois o candidato pode mudar completamente de visão, como citado nos exemplos”

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