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Eduardo Oinegue: Como Bolsonaro construiu uma taxa de rejeição tão alta?

Jornalista afirma que rejeição pessoal do presidente é o grande desafio de sua candidatura

Rádio BandNews FM

O âncora do BandNews No Meio do Dia e do Jornal da Band, Eduardo Oinegue, analisa o cenário da corrida à Presidência da República para o atual presidente, Jair Bolsonaro (PL). Na visão do jornalista, a alta rejeição pessoal que o chefe do Executivo detém é um forte empecilho para a sua reeleição.

Eduardo Oinegue esclarece que na política existe dois tipos de rejeição que um candidato pode ter: rejeição ao seu governo e rejeição pessoal. Para o jornalista, a segunda opção é mais difícil de ser revertida: “A aversão a pessoa física do candidato e não ao governo é muito complicada. Quando se tem rejeição a alguém, você sequer abre os ouvidos para saber o que o candidato tem a dizer. É muito mais fácil enfrentar rejeição ao governo do que ao candidato”.

Oinegue destaca que diminuir essa forte rejeição pessoal é o grande revés de Bolsonaro nesses 9 dias restantes para a eleição: “Nesse tempo, ele tem que convencer as pessoas de que possui os atributos necessários para seguir em frente. É um grande desafio”.

O âncora do BandNews No Meio do Dia explica que a alta rejeição de Bolsonaro é fruto de atitudes que o presidente teve ao longo do seu mandato. Para Oinegue, isso vai se refletir nas urnas: “Tem um estoque de coisas para desfazer, e isso é tão grande que gera a tal rejeição pessoal”.  

Oinegue conclui: “Faltando 9 dias, esse é o desafio maior da vida dele [Bolsonaro]. Em 2018, Bolsonaro não tinha que proteger nada, porém hoje ele tem que defender realizações do seu governo e a sua imagem. Como faz isso em tão pouco tempo? ”.