O âncora do BandNews No Meio do Dia e do Jornal da Band, Eduardo Oinegue, critica a aprovação da resolução por parte do Tribunal Superior Eleitoral que busca combater as fake news nas eleições deste ano. Para o jornalista, é preocupante ver o TSE praticando, em sua visão, censura com a prerrogativa de tornar o ambiente eleitoral o mais limpo possível.
Na visão dele, o órgão está usando a justificativa de acelerar o processo eleitoral para tomar para si um direito que a Constituição não oferece: “Qual a diferença de um burocrata trabalhando para o TSE e um censor? Não há. Não é por conta de a motivação ser nobre na cabeça deles [TSE] que pode acontecer. Não tem nada mais absurdo do que entregar para alguém um direito que a Constituição não entrega”.
Oinegue pontua que, para ele, é inadmissível um tribunal proibir o uso de determinadas palavras previamente. O âncora diz que as proibições por parte do TSE são baseadas, em sua visão, no que eles entendem de ser ou não fake news: “Aonde já se viu proibir o uso de uma ou outra palavra, sendo ela ofensiva ou não, para certo candidato sem um devido processo legal depois do uso dela. A proibição prévia é um escândalo. Que seja ofendido o candidato e depois ele entre na justiça”.
O âncora diz que as campanhas eleitorais são duras e ferrenhas.
Para ele, os candidatos já entram sabendo disso: “Não há lugar para infantilidade e inocência, todos são adultos. Eles usam as mesmas armas de um lado e de outro. Eleição não é coisa para criança”.
“Faltando 9 dias para a eleição, é um escândalo o que eles [TSE] estão fazendo. Eles estão interferindo no processo eleitoral, não organizando. Deveriam ser administradores. Temos que discutir essa atitude daqui para frente. Como que pode a turma do TSE se sentir à vontade para tomar esse tipo de decisão”, conclui Oinegue.