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Eduardo Oinegue: Alckmin não tem poder para estimular a indústria nacional

Vice-presidente assume oficialmente o cargo de ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços nesta quarta (04)

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O âncora do BandNews No Meio do Dia e do Jornal da Band, Eduardo Oinegue, fala sobre a as dificuldades do Brasil em retomar o papel da indústria na economia, e analisa as promessas do novo ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, que assumiu oficialmente a pasta nesta quarta-feira (04). Ele irá acumular esse e o cargo de vice-presidente no governo Lula.

Oinegue aponta que ministros comuns podem ser demitidos a qualquer momento, regra que não vale para Alckmin. Caso venha a ser demitido, seguirá com gabinete e palácio à sua disposição.

Outro tema levantado por Eduardo Oinegue é a dificuldade que o ministério terá para cumprir a missão de conter a desindustrialização do país. “A indústria no Brasil já ocupou um espaço muito significativo na economia, hoje ocupa um espaço bem menor. Essa redução expressiva, em parte, se dá pela forma com qual o Estado prejudica a indústria”.

Ele questiona a forma como o Estado age, atrapalhando o trabalho dos empresários. Segundo o âncora, várias medidas governamentais atravancam o crescimento econômico, como a influência nefasta dos impostos no processo decisório das empresas. “Enquanto no Brasil o imposto não for algo neutro, ou seja, enquanto o empresário correr atrás da redução tributária, ele não vai se preocupar com a produtividade”, explica Oinegue.

O discurso de Alckmin, de acordo com o jornalista, não terá efeito prático se não forem implementadas as mudanças necessárias. Ele destaca que esse papel não é exclusivo do Ministério da Indústria, mas também do Ministério da Fazenda, agora comandado por Fernando Haddad, e do Congresso.