O candidato do PSDB ao governo do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, disse nesta sexta-feira (07) que não vai revelar o próprio voto na disputa ao Palácio do Planalto. Portanto, não vai declarar apoio nem a Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, nem a Jair Bolsonaro, do PL, na corrida presidencial. O tucano disputa o segundo turno contra Onyx Lorenzoni, do PL, candidato bolsonarista no estado.
Leite renunciou ao cargo de governador em abril para tentar a indicação como presidencial tucano. Como perdeu as prévias do partido para o ex-governador paulista João Doria, ele voltou para a disputa estadual.
O candidato disse que fica ao centro do espectro político, onde sempre esteve, e disse que tem na própria coligação partidos de diferentes espectros e que votam diferente na disputa presidencial.
Eduardo Leite disse que se escolhesse um dos presidenciáveis, estaria reproduzindo uma disputa muito polarizada no Rio Grande do Sul.
“Diante da minha responsabilidade como líder de um projeto político, não vou abrir meu voto para presidente”, afirmou o tucano. Ele ainda completou: “Não é ficar em cima do muro, mas não permitir que levantem muros de gaúchos contra um e outro”.
O candidato do PSDB obteve 26,81% dos votos válidos no primeiro turno e passou para a segunda etapa do pleito ao conseguir menos de cinco mil votos a mais do que o candidato petista, Edegar Pretto. Por isso, o tucano procurava o apoio do PT no estado, mas um acordo não foi fechado.
“Darei meu voto com a minha consciência, não é este voto que define meu governo no Rio Grande e nem aqueles que votam em mim”, afirmou Eduardo Leite, que ainda criticou a polarização e disse que o Rio Grande do Sul não é um curral eleitoral de Brasília.