Eduardo Barão: Haddad não deveria sair de férias em meio a crise e dólar disparado

Ministro da Fazenda agendou período de recesso para o mês de janeiro, mesmo ainda sem a votação no Congresso Nacional do pacote de corte de gastos e da reforma tributária; dólar chegou em R$ 6,20

O âncora Eduardo Barão, que comanda o 'BandNews Station', analisou durante a manhã desta quarta-feira (18) o agendamento das férias do ministro Fernando Haddad, da Fazenda.

No Diário Oficial da União da última terça (17) houve a confirmação do período de recesso de Haddad, que estará ausente no comando da Fazenda entre os dias 2 a 21 de janeiro. Além desse período, ainda haverá outras férias entre 11 e 20 de julho.

Para Barão, o momento econômico e político que vive o Brasil - e o mundo - não contribuem para que o político saia de recesso. Atualmente, o dólar atingiu seu maior valor da história ao ser negociado por R$ 6,20 e as projeções de inflação e taxa da Selic seguem em alta.

"Nada contra o ministro Haddad entrar em férias, é um direito constitucional, [...] mas é um momento em que o mundo está de olho na economia. Muitas incertezas. Ninguém sabe se o pacote [de corte de gastos] vai ser aprovado no Congresso. E se não for aprovado, ninguém sabe como vai ser 2025", pontuou.

"Não faz sentido o ministro da Fazenda, responsável por tentar acalmar os ânimos ou mostrar as diretrizes que o governo pretende ter em 2025, cortando gastos, sair de férias por 20 dias. Insisto, nada contra o Haddad pegar férias, [...] mas a realidade é completamente diferente", completou.

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