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Economista destaca "perigo" na ata do Copom: BC propôs piso para cortes na Selic

Especialista em inflação, Luis Otávio Leal pontuou que documento do Banco Central sugere que próximas reuniões do Copom continuarão a ter cortes de 0,5 ponto percentual

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Agência Brasil

O economista chefe da G5 Partners, Luis Otavio Leal, concedeu uma entrevista exclusiva ao Jornal BandNews FM durante a manhã desta quinta-feira (3) e comentou sobre a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) - órgão do Banco Central (BC) - em cortar a taxa Selic em 0,5 ponto percentual.

Segundo o especialista em inflação, a ata divulgada pelo grupo após a reunião que definiu a diminuição na taxa de juros pode ser perigosa, haja visto que o Copom sugeriu próximas encontros deverão seguir com cortes similares de meio ponto.

"O perigo para a política monetária é que os agentes econômicos vão extrapolar esse 0,5. Se fosse [um corte de] 0,25, a decisão de setembro - próxima reunião do Copom - provavelmente ficaria entre 0,25 e 0,5. Agora, [um novo corte de] 0,5 é piso."

Luis Leal pontuou que este ambiente, criado pelo entendimento da ata do Copom, pode gerar uma queda nos juros futuros e uma redução nos juros para a economia maior do que, talvez, o Banco Central gostaria.

Divulgado ontem, o comunicado do BC afirma que o Copom irá avaliar a "melhora do quadro inflacionário com queda das expectativas de inflação para prazos mais longos" e que, caso seja confirmado o cenário esperado, "membros anteveem redução de mesma magnitude nas próximas reuniões".

Impactos com a queda da Selic

O economista também informou que, para aqueles que realizaram um empréstimo e que estão com o contrato vigente, caso o documento seja pós-fixado, o reajuste será realizado automaticamente.

Para aqueles que tem um contrato de empréstimo pré-fixado, ou seja, com uma taxa referencial de juros fixa, será necessário renegociar o contrato com a instituição bancária.

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