“É um alívio muito grande para a comunidade científica a transparência dos resultados de eficácia da Sputnik V”, afirma a doutora em microbiologia Natalia Pasternak

Da Redação

“É um alívio muito grande para a comunidade científica a transparência dos resultados de eficácia da Sputnik V”, afirma a doutora em microbiologia Natalia Pasternak Reprodução TV
“É um alívio muito grande para a comunidade científica a transparência dos resultados de eficácia da Sputnik V”, afirma a doutora em microbiologia Natalia Pasternak
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A divulgação dos testes de eficácia da Sputink V coloca mais uma vacina no “arsenal do mundo” no combate ao coronavírus.

Essa é a análise da doutora em microbiologia pela USP e presidente do Instituto Questão de Ciência, Natalia Pasternak.

Em entrevista à BandNews FM, ela explica que a Sputnik V é uma vacina que utiliza o método adenovírus, um tipo moderno de imunizante que conta com tecnologias de biologia molecular.

A doutora em microbiologia diz que o adenovírus é um vírus benigno que tem a capacidade de causar apenas resfriados em humanos e também em macacos.

Ele funciona como um meio de transporte de uma sequência genética do coronavírus para dentro da célula que vai produzir uma proteína do vírus capaz de gerar anticorpos.

Sobre os testes feitos no Brasil, ela diz que há uma diretriz da Agência Nacional de Vigilância Sanitária de que as vacinas sejam testadas também no País. No entanto, ela ressalta que não há obrigatoriedade e que a Anvisa avalia caso a caso, levando em conta também a situação atual.

No caso da vacina de Oxford/AstraZeneca, Pasternak afirma que já era esperada a possibilidade de um tempo maior entre a aplicação de uma dose e outra.

Segundo ela, isso pode ser uma ótima alternativa para vacinar mais pessoas nesse primeiro momento.

A microbiologista alerta ainda que se a proteção da primeira dose não for muito boa, existe um risco de ocorrer uma seleção de mais variantes e mutações do vírus.

No entanto, ela ressalta que os resultados dos testes da vacina de Oxford não apresentam preocupações quanto à eficácia.

Confira a entrevista completa: