Tite diz que enfrentar a Argentina na última data disponível antes da estreia na Copa do Mundo do Catar traz prejuízo grande para o Brasil. A Fifa prevê que os times entrem em campo novamente no mês de setembro para fazer válida a 6ª rodada das eliminatórias sul-americanas.
Em entrevista exclusiva à BandNews FM, o treinador da seleção brasileira afirmou que esse confronto ainda é uma incógnita e que não há nenhum benefício em disputá-lo. “Tem uma condição de fase de classificação, de formação da equipe, e não um jogo a 61 dias do início Copa do Mundo, correndo risco de ter um atleta expulso ou que tome um cartão e fique fora da estreia na Copa. Traz prejuízo para nós bastante grande e considerável nesse aspecto, até porque, a seleção não fez absolutamente nada para que fosse punida em relação ao jogo”, disse Tite.
Até por essa indefinição, o comandante do Brasil não confirmou que o clássico será na Neo Química Arena como o original – a comissão técnica, aliás, não previa ter que voltar ao país antes da Copa.
Tite também comentou sobre a importância da formação e evolução de um jogador na seleção, citando o exemplo do volante Danilo, do Palmeiras, convocado pela primeira vez em junho e que não entrou em campo. “O atleta chega e precisa da naturalidade dos movimentos, porque é diferente de clube e precisa de um período de adaptação. Quando o Danilo veio, nós falamos com ele da função, o César [Sampaio, auxiliar] mostrou o trabalho em vídeos, os movimentos defensivos dentro do conceito, conversamos, ouvimos. Então, é preciso um período de desenvolvimento, de formação. O Alisson [goleiro] não chegou pronto, por exemplo”, explicou.
Segundo o auxiliar Cléber Xavier, que também participou da entrevista, a Itália deve ser o local de preparação do Brasil antes da Copa, com apresentação dos jogadores no dia 14 de novembro e viagem a Doha no fim do dia 18 ou no próprio dia 19, limite para a chegada da delegação brasileira.
Ele ainda pontuou que o time chega para o Mundial de 2022 com uma experiência maior da comissão técnica de já ter vivido a competição quatro anos atrás. “A gente chega com a oportunidade de fazer um ciclo completo, conhecer mais os atletas com prazo maior e trabalhando mais alternativas de jogo, com iniciações diferentes e construções distintas”, declarou Cléber.
Confira a entrevista completa feita por Alinne Fanelli, Bruno Camarão e Fábio França: