Dúvidas no sistema de saúde aumentou mortalidade de grávidas com Covid

Pesquisa revelada pela colunista da BandNews FM Mônica Bergamo aponta que país registrou uma das maiores mortalidades maternas

Rádio BandNews FM

O sistema de saúde do Brasil estava despreparado para receber mulheres grávidas e puérperas com Covid-19. O atendimento errático pode ter aumentado o número de mortes entre o grupo, segundo pesquisa da Universidade de Brasília e do Instituto Anis de Bioética revelada pela colunista da BandNews FM Mônica Bergamo.

O levantamento publicado pela The Lancet Americas e mostra que o País registrou uma das maiores mortalidades maternas. Foram 1948 óbitos, sendo 1488 no ano de 2021.

A pesquisa mostra que 59% das mulheres não tinham comorbidades e o estudo entrevistou 25 famílias e parentes de grávidas ou puérperas. Muitas grávidas não acharam atendimento médico adequando e percorreram até cinco centros de saúde com o quadro de saúde grave e resultando em óbito.

Além disso, três outras barreiras foram identificadas, de acordo com as pesquisadoras que assinaram o documento - Debora Diniz, professora da Universidade de Brasília, Luciana Brito e Gabriela Rondon, do Instituto Anis de Bioética.

O atraso no atendimento quando elas apresentaram o primeiro sintoma. Depois, esperando por tanto tempo - cerca de uma semana - a dificuldade para admissão, sendo que muitas chegaram a percorrer cinco centros médicos até conseguir atendimento.

A terceira razão para os números é que quando a paciente entrava no sistema, o feto era como prioridade no momento de salva uma vida.

As pesquisadoras afirmaram que as famílias não eram questionadas sobre quem priorizar no tratamento: a mulher ou o feto.