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Drones são usados em confrontos de facções e operações policiais no RJ

Especialista afirma que utilização de veículos aéreos com potencial de lançar granadas pode aumentar o número de vítimas inocentes

Por João Boueri

Drones são usados em confrontos de facções e operações policiais no RJ
Utilização de drones com potencial de lançar granadas pode aumentar nº de vítimas inocentes
Agência Brasil

Uma moradora identificou um drone com uma granada não detonada no quintal de casa, após um confronto entre traficantes do Complexo de Israel e da Favela do Quitungo, na Zona Norte do Rio de Janeiro, na última sexta-feira (5).  

Em entrevista à Rádio BandNews FM, o ex-instrutor de tiros do Batalhão de Operações Especiais e consultor em segurança, Paulo Storani, afirmou que a utilização de drones com potencial para carregar e lançar granadas pode aumentar o número de vítimas inocentes durante confrontos entre facções rivais e em operações policiais.  

Uma mensagem de alerta sobre a utilização do equipamento tem circulado na internet pedindo atenção para os moradores de Cordovil e Brás de Pina, na mesma região. 

As disputas territoriais na região do Complexo de Israel aumentaram nos últimos meses, com uma disputa entre o Terceiro Comando Puro e o Comando Vermelho. O intenso tiroteio entre as facções rivais tem assustado os moradores.  

Drones já eram utilizados por criminosos para monitorar a movimentação policial. Agora, a tecnologia também é usada para supervisionar e atacar grupos rivais. 

Segundo Paulo Storani, uma granada tem um raio de ação de 30 metros. O consultor em segurança destaca que as facções conseguem comprar os equipamentos tecnológicos sem nenhum tipo de restrição ou fiscalização e ainda adaptam os drones para causar ainda mais danos. 

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