O ex-governador de São Paulo João Doria afirma que vai voltar para o setor privado depois da desistência de concorrer à Presidência da República. O anúncio foi feito durante um café da manhã com jornalistas, nesta segunda-feira (13), em um hotel na capital paulista. Ele enfatizou que não pretende deixar o PSDB, partido pelo qual foi eleito prefeito e governador.
João Doria venceu as prévias do partido, em novembro de 2021, para ser o nome da sigla na corrida ao Planalto, mas, diante dos números das pesquisas eleitorais, ele passou a ser pressionado a desistir da disputa. Ele enfrentava a resistência de uma ala ligada ao ex-governador do Rio Grande do Sul Eduardo Leite, candidato que o paulista acabou derrotando nas prévias.
O PSDB decidiu, pela primeira vez desde a redemocratização, não ter candidato próprio e apoiar a senadora Simone Tebet em outubro. Ela deve ser o nome da aliança dos tucanos com o MDB, o União Brasil (partido que nasceu da fusão do PSL com o DEM) e o Cidadania.
No encontro desta segunda-feira (13), Doria explicou o retorno para a iniciativa privada: "Eu vim para a vida pública para ser um gestor, em 2016. Não sou um profissional da política, sou um gestor da política. Foi esse o papel que cumpri na Prefeitura de São Paulo e também no governo do estado".
Nas redes sociais após o evento, no entanto, ele disse que vai deixar a vida pública:
"A partir do próximo mês, retomo minhas atividades na iniciativa privada. Deixo a vida pública com senso de dever cumprido. Pelos meus erros, peço desculpas. Pelos meus acertos, cumpri minha obrigação", postou no Twitter.