Ainda que o ex-presidente Lula tenha, legalmente, a possibilidade de concorrer em 2022, a lista de fatores contrários à candidatura dele é maior do que àquela dos fatores favoráveis. A análise é da colunista de política da BandNews FM, Dora Kramer.
Segundo a jornalista, apesar da recuperação de boa parte do seu capital político, Lula precisará enfrentar um alto grau de rejeição. Além disso, um presidente que cumpriu dois mandatos e deixou o segundo com 80% de aprovação vai correr o risco de entrar numa disputa que ele pode perder. E ainda mais concorrendo com alguém que não tem medo de abusar do exercício do poder.
Outro fator, para Dora Kramer, é que Lula correrá esse risco para governar um país em situação muito mais difícil do que quando ele assumiu seu primeiro mandato. Mesmo nesse cenário de polarização, Dora acredita que há espaço para uma candidatura de centro.
De acordo com ela, as eleições municipais de 2020 mostraram que o eleitorado está cansado da polarização, o que fortalece uma articulação de legendas fora dessa dicotomia. Só que, para isso ocorrer, o candidato de outra vertente teria que deixar claro porquê quer ser presidente.
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