Uma das mulheres presas e investigadas por participar do caso dos testes errados de HIV em órgãos transplantados, Jacqueline Iris Bacellar de Assis entregou à Polícia Civil conversas sobre outro escândalo: o dono do laboratório PCS Lab Saleme adulterava resultados de exames.
No depoimento, a envolvida afirmou aos investigadores a ação criminosa e seus advogados de defesa apresentaram uma série de conversas com Walter Vieira, sócio também preso.
Na troca de mensagens via WhatsApp, o proprietário envia um pedido médico de um exame e pede à funcionária que "esconda os resultados". Na sequência, envia: "Vou dar uma aumentadinha no LDL (popular colesterol ruim), tá muito baixo".
A equipe de reportagem da BandNews FM entrou em contato com especialistas da área e foi explicado que, caso esse exame saia com uma alteração muito grande, é necessário refazer. Ou seja, é provável que a interferência tenha sido realizada para diminuir os custos do laboratório.
Em outra conversa, Jacqueline também informou que os proprietários haviam pedido para os funcionários que realizassem uma "varredura" nas unidades por conta de uma possível fiscalização.
Essa é mais uma das evidências que mostram que os investigados sabiam das ações policiais que estavam prestes a ocorrer contra o laboratório PCS Lab Saleme.