O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou nesta segunda-feira (7), que espera conseguir “bons acordos” com os países alvos do ‘tarifaço’ e que não há previsões para cortar as taxas de 17% impostas contra Israel, justificando que os Estados Unidos “já ajudam muito” o país.
A declaração ocorreu na Casa Branca, durante encontro oficial com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e no primeiro dia útil após o novo ‘tarifaço’ entrar em vigor. A medida gerou diversas perdas nas bolsas de valores ao redor do mundo, elevando as tensões no comércio internacional e provocando um efeito dominó nos mercados.
A bolsa da Alemanha caiu quase 6% e a do Reino Unido teve desvalorização perto dos 5%. Na Ásia, o dia foi marcado pela bolsa de Hong Kong, que despencou 13,22%.
O ‘tarifaço’ com a taxa mínima de 10% entrou em vigor no último sábado (5). Desde lá, mais de 50 países já pediram negociações sobre o valor das tarifas impostas, o que pode ter um resultado positivo para aqueles que foram taxados em um valor acima do mínimo, já que já que podem rever este valor até quarta-feira (9), data em que a medida para essas tarifas maiores começa a valer.
Na reunião desta segunda (7), Trump também afirmou que, caso não consiga acordos justos com os países que desejam renegociação, os EUA não terão “nada a ver com eles”.
Ao lado do premiê de Israel, ele ressaltou que os Estados Unidos doam, anualmente, US$ 4 bilhões para o país. “É um dos maiores [financiamentos] de todos os países que damos dinheiro”, acrescentou. Em resposta, Netanyahu declarou que o território Israelense vai eliminar o déficit comercial e as barreiras com os norte-americanos “muito rapidamente”.