O dólar comercial encerrou a sexta-feira (22) com valorização de 4,04% frente ao real, terminando a semana cotado a R$ 4,8061. Foi a maior alta diária desde março de 2020. Na semana, o avanço foi de 2,33%.
O mercado reagiu globalmente as apostas de uma política de juros mais agressiva do Federal Reserve, o Banco Central dos Estados Unidos. Com a inflação mais alta, a expectativa é de uma nova alta na taxa básica de juros. Com isso, o investidor volta a comprar títulos do Tesouro Americano, que fica mais atrativo e tem papéis mais garantidos do que os mercados emergentes, como o Brasil.
Nesta quinta-feira (21), o presidente do Fed, Jerome Powell, disse que um aumento de 0,5 ponto percentual está “sob a mesa”.
Em abril, o dólar acumula alta de 0,99%, mas ainda tem desvalorização de 13,79% no ano. A moeda passou dos R$ 5 com a guerra entre Rússia e Ucrânia, mas começou trajetória de queda com a alta das commodities, produtos de exportação negociados em dólares. O Brasil é um grande negociador de matéria-prima.
BOVESPA
Em sentido contrário, o mercado de ações brasileiro sofreu nesta sexta-feira (22) após a reabertura do pregão paralisado no feriado de Tiradentes. O índice da B3 caiu 2,86%, no 5º dia consecutivo de queda.
O índice terminou o dia com 111.078 pontos. A semana terminou no negativo com desvalorização de 4,39%
O mercado reage a uma nova crise entre Planalto e STF, com o caso Daniel Silveira, deputado condenado pela STF por atos antidemocráticos.
As ações também estão em trajetória de correção dos ganhos por conta das incertezas monetárias no Brasil e os desafios impostos pela guerra na Ucrânia.
