A Polícia procura pelos suspeitos da morte do delator do PCC Vinícius Gritzbach, assassinado no dia 9 de novembro no aeroporto de Guarulhos, na Grande São Paulo, em um crime realizado à luz do dia. Dois envolvidos no crime foram identificados. Um deles fugiu para uma favela do Rio de Janeiro, mas foi expulso por traficantes.
No fim desta semana, investigadores encontraram em uma agência da capital paulista mais um carro usado na fuga dos assassinos. O veículo foi usado por um dos integrantes do bando após o carro preto onde eles fugiam apresentar problemas e ser abandonado nas imediações do aeroporto de Cumbica. Outros dois envolvidos no crime fugiram de ônibus e foram flagrados por uma câmera de segurança.
A investigação chegou na identificação de Matheus Augusto de Castro Mota.// ele é apontado como o responsável por fornecer os carros usados no ataque. Além disso, a polícia encontrou uma transferência bancária de R$ 5 mil de Matheus Mota para Kauê Amaral Coelho, o olheiro do saguão que aparece em um vídeo seguindo os passos de Gritzbach e repassando as coordenadas aos atiradores.
Os dois estão foragidos. Policiais civis cumpriram oito mandados de buscas em endereços ligados a Matheus Augusto de Castro Mota. Em uma das chácaras do suspeito, os agentes apreenderam um revólver. O caseiro do imóvel foi preso em flagrante.
O DHPP apurou que Kauê Amaral Coelho, logo após o crime, fugiu para o Rio de Janeiro e ficou escondido por dias no Complexo do Alemão, na zona norte da capital fluminense. Ele teria sido expulso de lá por traficantes de drogas. A transferência feita de Matheus Mota para o olheiro seria para ajudar nessa fuga.
A Corregedoria da Polícia Militar também realizou uma operação. Os alvos foram 9 PMs responsáveis pela escolta do empresário. As equipes recolheram aparelhos eletrônicos dos investigados.
No dia da execução, cinco PMs faziam a escolta de Vinícius Gritzbach. Um acompanhava o empresário na viagem de Maceió e outros quatro deveriam aguardar a chegada no aeroporto em dois carros, mas, como um dos veículos apresentou uma falha mecânica, somente um segurança foi até a área de desembarque.
Um inquérito policial militar já apurava a conduta dos militares investigados. Um deles, que pertencia à ROTA, equipe de elite da corporação, foi denunciado no dia em que acompanhou Gritzbach no Fórum da Barra Funda, na zona oeste de São Paulo.
A Secretaria da Segurança Pública ofereceu R$ 50 mil para quem tiver informações precisas sobre o paradeiros dos foragidos.