Os dois torcedores San Lorenzo, da Argentina, presos por racismo depois de uma casca de banana ter sido arremessada durante a derrota da equipe para o São Paulo, no estádio do Morumbi, nesta quinta-feira (11), vão continuar detidos sem prazo para serem liberados. Eles vão responder pelo crime de injúria.
Matias Ezequiel Ramirez e David Emanuel Benedetto, ambos argentinos, ficarão no Centro de Detenção Provisória (CDP) de Pinheiros, na zona oeste da capital paulista.
David Emanuel foi flagrado fazendo gestos racistas em direção à torcida do São Paulo no setor inferior. Uma casca de banana foi atirada na direção de uma criança de 12 anos que acompanhava a partida, válida pela Copa Sul-Americana.
Já Matías Ramirez estava em um camarote, discutiu com torcedores do tricolor paulista e imitou um macaco.
Logo após os episódios de racismo, os dois foram retirados da arquibancada pela Polícia Militar e levados para a 6ª Delegacia de Polícia de Repressão aos Delitos de Intolerância Esportiva (DRADE). A Polícia está em posse de imagens dos atos racistas.
Em nota, o San Lorenzo negou que Matías Ezequiel Ramirez ocupasse cargo de dirigente ou conselheiro no clube e informou que três diretores permaneceram em São Paulo acompanhando o caso ao lado de representantes do consulado e da embaixada da Argentina.
Em campo, o São Paulo eliminou o San Lorenzo depois de vencer por 2 a 0, com gols dos atacantes Jonathan Calleri e Luciano. Mais de 51 mil torcedores acompanharam a partida no estádio do Morumbi.
Classificado, o tricolor paulista enfrentará a LDU, do Equador, pelas quartas de final da Copa Sul-Americana.