Diretor do Exército em SP será exonerado após sumiço de metralhadoras de quartel

Parte das armas foi vendida a criminosos é recuperada pela Polícia Civil do RJ

Rádio BandNews FM

Diretor do Exército em SP será exonerado após sumiço de metralhadoras de quartel
Diretor do Exército em SP será exonerado após sumiço de metralhadoras de quartel
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O diretor do Arsenal de Guerra do Exército Brasileiro em São Paulo, o tenente-coronel Rivelino Barata de Sousa Batista, será exonerado do cargo depois do furto de 21 armas do quartel em Barueri. A decisão foi anunciada nesta quinta-feira (19) pelo comandante do Exército, general Mauricio Vieira.

A Polícia Civil do Rio de Janeiro encontrou 8 das 21 metralhadoras que estavam desaparecidas. O material estava abrigado na comunidade da Gardênia Azul, na Zona Oeste, e, segundo as investigações, passou pela favela da Rocinha, na Zona Sul, antes de ser apreendido.

De acordo com a Delegacia de Repressão a Entorpecentes, responsável pela ação, foram encontradas quatro metralhadoras .50 e quatro MAGs. Uma apuração inicial aponta que cada equipamento foi oferecido por até R$ 180 mil aos criminosos.

Pelo menos 160 militares ainda estão aquartelados, ou seja, não podem sair da unidade militar em Barueri por suspeita de envolvimento com o crime. São oficiais de várias patentes envolvidos, mas os nomes não foram revelados. Há suspeita de que civis também tenham ligação com o furto.

O sumiço das armas foi percebido no dia 10 de outubro, mas a última verificação dentro da sala onde ficavam guardadas foi feita no dia seis de setembro.

Durante todo esse período de mais de um mês foi checado apenas se o espaço estava trancado. No entanto, segundo o general de brigada, Mauricio Vieira, chefe do Estado-Maior do Comando Militar do Sudeste, o lacre e o cadeado da sala foram trocados.

A data exata do furto ainda é investigada, mas a suspeita é de que tenha ocorrido entre 5 e 8 de setembro.

O Exército classifica o episódio inaceitável e diz que vai manter todos os esforços para recuperar todo o armamento, no mais curto prazo. Uma nota das Forças Armadas diz que "tudo está sendo investigado e os ilícitos e desvios de conduta serão responsabilizados nos rigores da lei".