A empresa Vitamedic, que produz a ivermectina, gasto R$ 700 mil para promover campanhas que incentivassem o uso do medicamento cientificamente ineficaz na prevenção da Covid-19. O laboratório registrou um crescimento de 1105% na venda do remédio que é um dos comprimidos do chamado “kit Covid”. O diretor da farmacêutica presta depoimento na CPI da Pandemia nesta quarta-feira (11).
Jailton Batista é ouvido na condição de testemunha. Logo, precisa falar a verdade sob o risco de prisão por falso testemunho. Ele disse que a empresa nunca conduziu estudos para avaliar a eficácia da ivermectina para o combate ao coronavírus.
Mas, mesmo assim, a empresa custeou a publicação de um anúncio chamado Manifesto pela Vida. Nele, eram defendidos tratamentos sem eficácia para a doença, como a adoção da ivermectina.
Documentos obtidos pela CPI mostram que as peças publicitárias eram atribuídas ao grupo Médicos pela Vida. Ele também pontua que o valor gasto com publicidade foi um pedido da associação.
“O manifesto, o conteúdo dele, não é exclusivo da ivermectina. Ele fala de corticoides, produtos anticoagulantes, tem uma série de itens aí. Ele não é um manifesta da ivermectina.”, afirmou o Jailton Batista.
O diretor da empresa também afirmou que a empresa nunca se reuniu com representantes do Ministério da saúde, nem do chamado gabinete paralelo e que desconhece qualquer vínculo com o presidente Jair Bolsonaro.