Diretor da Prevent Sênior afirma que funcionários manipularam planilha interna

Empresa é acusada de ocultar mortes de pacientes que participaram do estudo com o “kit Covid”; Pedro Batista Júnior é ouvido pela CPI da Pandemia

BandNews FM

Empresa é acusada de ocultar mortes de pacientes que participaram do estudo com o “kit Covid” Foto: Senado
Empresa é acusada de ocultar mortes de pacientes que participaram do estudo com o “kit Covid”
Foto: Senado

A CPI da Pandemia ouve nesta quarta-feira (22), Pedro Batista Júnior, diretor-executivo da Prevent Sênior. 

Pedro afirmou, em juramento, que os dados da planilha interna, que eram usadas para o controle de paciente, foram manipulados por ex-funcionários e entregues a uma advogada e que não houve omissão de morte. 

Na semana passada, ele obteve no STF um habeas corpus parcial que autoriza ele permanecer em silêncio em questionamentos que possam incriminá-lo.

A Comissão investiga se o plano de saúde ocultou mortes de pacientes que participaram de um estudo com medicamentos como a cloroquina e também medicamentos para o tratamento de câncer que não possuem autorização para medicar em pacientes com Covid. 

As denúncias foram feitas por colaboradores da empresa, que apontaram a pressão interna de prescrever o chamado “kit Covid”, com fármacos como hidroxicloroquina, azitromicina e ivermectina, os quais são comprovadamente como ineficazes.

Um dos médicos que denunciou a Prevent Sênior por supostas irregularidades no tratamento de pacientes durante a pandemia registrou boletim de ocorrência da Polícia Civil de São Paulo. 

O funcionário relata ter sofrido ameaças de Pedro Batista Junior. No documento que a Rádio BandNews FM teve acesso, ele relata uma ligação entre os dois em que o depoente teria dito que o médico estaria "expondo a filha e a família dele", caso insistisse em levar a diante a denúncia para a imprensa. Na ligação, o diretor afirma: “Você tem muito a perder, é a sua vida, é a sua família. ”