O ministro de relações exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, foi boicotado por colegas diplomatas durante discurso em reunião da ONU, em Genebra, nesta terça-feira (1). Enquanto falava, representantes de outros países levantaram e deixaram o salão em forma de condenação das ações russas. Lavrov não pode comparecer presencialmente, pois não foi autorizado a pousar em solo europeu e fez sua participação por videoconferência.
O representante brasileiro não fez parte do protesto, já que o país mantém a posição de neutralidade na guerra.
A fala do chanceler russo teve como foco o repúdio à presença de armas nucleares americanas na Europa. Ele afirmou que a existência desses armamentos no local é inaceitável e que os equipamentos devem ser retirados por causarem insegurança mundial. No último domingo (27), o presidente Vladimir Putin solicitou que as tropas coloquem as armas nucleares russas a postos.
O ministro também acusou a Europa, os Estados Unidos e o Canadá de perseguição, situação classificada por ele como “russofobia”. Lavrov garantiu que os “ataques” terão consequências.
A sede da ONU também recebeu o discurso do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, que acusou Putin de terrorismo e pediu novamente o apoio da União Europeia. "Já provamos a nossa força. Já provamos que, no mínimo, somos exatamente iguais a vocês. Provem que estão conosco. Provem que não vão nos deixar sozinhos, que vocês são europeus e que nós somos europeus“, afirmou.
O sexto dia de guerra foi iniciado pela explosão da prefeitura de Kharkiv, a segunda maior cidade da Ucrânia. O prédio entrou em chamas após ser atingido por um míssil.