Dilma tem acervo pessoal de ex-presidente destruído pelas enchentes do RS

Material estava guardado em um galpão do MST e foi totalmente destruído pelas águas

Da Redação

A ex-presidente Dilma Rousseff perdeu todo o acervo pessoal que ela guardava dos tempos em que ocupou a presidência da República (2011 a 2016) nas enchentes que castigaram o Rio Grande do Sul nos últimos dias. Segundo informações da comentarista Mônica Bergamo na Rádio BandNews FM, o material estava guardado em um galpão do MST e foi totalmente destruído pelas águas.

"A Dilma perdeu todo o acervo dela nas enchentes do Rio Grande do Sul. Acervos de ex-presidentes sempre são polêmicos porque eles têm que levar tudo que ganharam e tem que cuidar de tudo. Isso implica em gastos que, muitas vezes, alguns ex-presidentes não têm como bancar", disse. O acervo da Dilma teve muitas confusões, o TCU exigiu que ex-presidentes devolvessem objetos de valor que tivessem sido dados por autoridades estrangeiras, mas sobrou muita coisa na mão dela, sobre a responsabilidade dela".

Segundo Bergamo, o prejuízo é incalculável por se tratar de material histórico e que não tem como recuperar. "Ela (Dilma) fez um acordo com o MST do Rio Grande do Sul e o MST colocou tudo num galpão deles lá. Estava guardado até esperar a Dilma conseguir resolver esse problemão, porque ela tem que cuidar, tem que ter recursos. Agora encheu e uma boa parte desse acervo foi por água abaixo literalmente. Cartas, documentos, quadros, camisetas... "Estava esperando uma destinação mais apropriada, mas as chuvas vieram e levaram tudo".

O apresentador Luiz Megale cobrou uma preservação desses materiais pelom próximo estado, assim como ocorre nos Estados Unidos. "Isso tudo tem valor histórico. Os americanos fazem um museu para cada presidente que deixa o cargo. Tem lá o museu do (Bill) Clinton no Arkansas, vai ter um museu do Donald Trump em Nova Iorque, tem um museu do George W. Bush no Texas. Tem um valor histórico, tem gente que se interessa por isso e não sei porquê a gente deixa tudo isso escondido".

Bergamo lembrou de uma iniciativa sugerida por Fernando Haddad, ainda em 2010, quando ocupava o cargo de ministro da Educação, e que acabou não indo adiante. "Quando teve a transição do governo Lula 2 pro Dilma teve essa questão do acervo e o Haddad sugeriu que cada acervo de ex-presidente fosse para o estado de origem desse ex-presidente e ficasse sob os cuidados das universidades", disse.

"Então o Collor, fica na Universidade Federal de Alagoas. O Itamar Franco fica na Universidade de Juiz de Fora. O do Lula vem pra USP, o do Fernando Henrique vem para a USP ou para alguma universidade federal em São Paulo. Mas isso implicaria investir nas verbas porque as universidades não podem acolher a manutenção de um acervo, que custa dinheiro pra manter, de uma forma que se preserve, catalogando, abrindo para visitação, abrindo para pesquisa, e isso tem que ter dinheiro. E aí a ideia não vingou e ficou cada um por si e Deus por todos", lembrou.

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