No Dia Mundial sem Tabaco, neste dia 31 de maio, o Instituto Nacional do Câncer faz um alerta sobre os riscos dos cigarros eletrônicos.
Um artigo do Inca mostra que o dispositivo aumenta em mais de três vezes o risco de uma pessoa experimentar um cigarro convencional e em mais de quatro vezes o risco de uso contínuo desse cigarro.
O artigo analisou 22 estudos de diferentes países, com mais de 97 mil participantes.
A pesquisa afirma que os cigarros eletrônicos expõem o organismo a uma variedade de elementos químicos gerados de formas diferentes: uma pelo próprio dispositivo e a outra pelo aquecimento ou vaporização de substâncias causadoras de doenças pulmonares e cardiovasculares. Ainda segundo o artigo, o cigarro eletrônico que contém nicotina pode levar à dependência e à procura por outros produtos com tabaco.
A chefe da coordenação de prevenção e vigilância do INCA Liz Almeida contesta a ideia de que os cigarros eletrônicos poderiam ajudar na transição para quem quer parar de fumar.
No Brasil, a comercialização, importação e propaganda de cigarros eletrônicos são proibidas desde 2009. A Pesquisa Nacional de Saúde de 2019 apontou que 0,6% da população com mais de 15 anos já utilizava os dispositivos no país, naquele ano.
Segundo a coordenadora do Projeto Tabaco da ONG ACT Promoção da Saúde, Mariana Pinho, é preciso desestimular o consumo do tabaco, com a maior tributação desses produtos.
O tabagismo é um dos principais fatores evitáveis de risco de câncer e, segundo a Fundação do Câncer, pode causar até dez tipos diferentes da doença.