Desfile militar é rechaçado na CPI da Pandemia e Aziz fala que democracia é inegociável

Desfile de tanques é visto como uma ameaça no mesmo dia da votação da proposta que pode enterrar o voto impresso

O senador afirmou ainda que a democracia é inegociável. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
O senador afirmou ainda que a democracia é inegociável.
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O presidente da CPI da Pandemia, o senador Omar Aziz, abriu a reunião da comissão desta terça-feira (10) fazendo um pronunciamento contra o desfile militar realizado na Esplanada dos Ministérios. Os blindados da Marinha foram em fila entregar um convite para o presidente Jair Bolsonaro acompanhar um exercício militar em Formosa, no entorno do Distrito Federal. Aziz disse que a cena foi patética.

O senador afirmou ainda que a democracia é inegociável e que o papel das Forças Armadas e defender o Estado e não ameaçar a democracia. Aziz ainda criticou os gastos do governo em uma ação que busca demonstrar força, mas que na verdade aponta fraqueza.

Outros senadores da CPI também criticaram a ação comandada por Bolsonaro e os chefes das Forças Armadas.

O líder do governo no Senador, Fernando Bezerra, disse que também se preocupa com a ação, mas avalia haver excessos nas análises dos colegas.

Nesta segunda (09), quando o desfile dos tanques foi anunciado, o presidente da Câmara dos Deputados disse se tratar de uma “coincidência trágica” o evento militar ocorrer no mesmo dia em que a Casa vai votar o voto impresso no plenário.

Os deputados apontam que a ação militar é intimidatória, uma vez que a proposta não deve ser aprovada, embora seja defendida pelo presidente da República.

Na Câmara, líderes de oito partidos se mostraram descontentes com a demonstração militar.