A taxa de desemprego caiu em 2022 e fechou o ano em 9,3%, menor índice desde 2015. Na comparação com 2021, quando era de 13,2%, a redução foi de 3,9 pontos porcentuais. Os dados consolidados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua foram divulgados nesta terça-feira (28) pelo IBGE.
São 10 milhões de brasileiros desocupados e à procura de emprego. O número é 46,4% maior que o registrado em 2014, quando o país registrou o menor contingente de desempregados da série histórica, de 6,8 milhões.
A população ocupada chegou a 98 milhões de pessoas, maior média anual da pesquisa iniciada em 2011.
O IBGE aponta que há uma recuperação do mercado de trabalho, mas a maioria das vagas abertas ainda é com menor proteção social. O número de trabalhadores por conta própria chegou a 25,5 milhões. O número é recorde e teve alta de 2,6% em relação a 2021. Já os trabalhadores sem carteira assinada são um contingente de 12,9 milhões de pessoas.
Os empregados com carteira assinada somam 35,9%, aumento de 9,2% em um ano.
Segundo o IBGE, o comércio, o serviço de reparação de veículos automotores e motocicletas, além de outros serviços, criaram mais de 5 milhões de empregos e tiveram o maior percentual de aumento da população ocupada, influenciando no crescimento do mercado de trabalho.
Embora a melhora no mercado de trabalho, o rendimento do trabalhador teve queda de 1% na comparação com 2021. O valor médio recebido mensalmente pelo trabalhador foi de R$ 2.715. Frente a 2012, no entanto, há um crescimento de 1,3%.
A agricultura foi o único setor que registrou queda em 2022.
Os dados divulgados também mostraram que o número de desalentados, ou seja, pessoas que desistiram de procurar emprego diminuiu 19,9% em comparação com 2021 e atinge 4,3 milhões de brasileiros.