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Desaceleração da economia por juros altos levará a problema fiscais, diz Haddad

Ministro da Fazenda destaca que “harmonização” das políticas monetárias e fiscais é imprescindível para o crescimento em 2023.

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Desaceleração da economia por juros altos levará a problema fiscais, diz Haddad
Foto: Agência Brasil

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quinta-feira (27) que o país terá problemas fiscais com a desaceleração da economia, reforçando a necessidade da harmonização das políticas monetárias e fiscais. “Se a economia continuar desacelerando por razões ligadas à política monetária, nós vamos ter problemas fiscais, porque a arrecadação será impactada”, disse Haddad.

"Precisamos compreender que essa harmonização é absolutamente imprescindível para a gente, a partir do ano que vem, crescer com robustez, com segurança e permitir que esse crescimento faça as adequações necessárias desse enorme conflito que precisa ser superado com prudência, seriedade e transparência", afirmou.

Haddad deu a declaração durante a sessão do Senado Federal para debater temas como jurus, inflação e reforma tributária. Da qual participaram a ministra do Planejamento, Simone Tebet, e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.

Outro ponto discutido durante a reunião foi sobre a política de juros adotada pelo Banco Central. A ministra Simone Tebet defendeu o caráter técnico das decisões do Banco, na definição da Taxa Selic, mas relembrou que essas decisões têm impacto na vida política brasileira.

Já Campos Neto foi questionado sobre a Taxa Selic que segue no patamar de 13,75% ao ano - depois de 8 meses. Ponto que tem sido criticado pelo Presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante viagens internacionais.  

No entanto, Campos Neto disse que a inflação brasileira ainda que a inflação brasileira tem desacelerado de forma lenta, com os núcleos de inflação ainda altos. Comentando o resultado do IPCA-15 de abril, o executivo afirmou que os números de alguns núcleos que o BC acompanha tiveram resultado um pouco acima do esperado.

Ele também fez questão de ressaltar que a política adotada pelo Banco tem caráter técnico, e são feitas na esteira das metas estipuladas pelo governo.  

Na próxima semana na próxima semana, o comitê de política monetária fará reuniões, para definir o novo patamar da taxa de juros.