Após 25 anos de discussões, o acordo entre o Mercosul e a União Europeia foi fechado nesta sexta-feira (06). O anúncio ocorreu durante o encontro de líderes da cúpula do bloco sul-americano em Montevidéu, no Uruguai.
A integração econômica envolve um mercado de 750 milhões de consumidores e prevê um livre comércio entre as nações dos dois blocos, isso permite zerar ou reduzir os impostos de produtos, além de facilitar as cooperações políticas e ambientais e a proteção dos direitos de propriedade intelectual.
Entre as principais barreiras enfrentadas para o pacto, estão as resistências de agricultores dos países europeus, principalmente, os da França. O protecionismo histórico do bloco é somado ao receio da categoria de sofrer com uma forte concorrência dos preços de produtos do Mercosul.
Nesta sexta-feira (06), a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, classificou o acordo como positivo para a economia da região e ressaltou que serão economizados U$ 4 bilhões de euros em taxas de exportação:
Este é um acordo ganha-ganha, que trará benefícios significativos para consumidores e empresas, de ambos os lados. Estamos focados na justiça e no benefício mútuo. Ouvimos as preocupações de nossos agricultores e agimos de acordo com elas. Este acordo inclui salvaguardas robustas para proteger seus meios de subsistência.
O texto ainda precisa ser aprovado pelo Poder Legislativo de cada país do Mercosul e também do Conselho e do Parlamento Europeu.