O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, segue sofrendo pressão para abandonar a disputa pela reeleição. Os questionamentos sobre sua candidatura ficaram mais fortes após o péssimo desempenho dele no primeiro debate com Donald Trump, no canal de TV CNN. O deputado Lloyd Doggett, do mesmo partido de Biden, foi o primeiro democrata a defender publicamente a desistência.
O senador Bernie Sanders, que disputou a indicação do partido democrata para ser candidato à presidência em 2022, disse à Associated Press que, de fato, o desempenho de Biden foi "doloroso" no debate, que não confia em uma vitória ele nas urnas, mas que não gostaria que o atual presidente desistisse.
A ex-presidente da Câmara dos Representantes, a também democrata, Nancy Pelosi, afirmou que é "legítimo" questionar se o desempenho de Biden no debate foi apenas um "episódio" ou se trata de uma "condição".
De acordo com a Associated Press, nos bastidores, pessoas próximas a possíveis substitutos na corrida eleitoral já iniciaram as conversas sobre os próximos passos do partido, incluindo o estudo de nomes para candidatos a vice caso Biden, de fato, desista.
Entre os cotados estão o governador da Califórnia, Gavin Newsom, a governadora de Michigan, Gretchen Whitmer, e a vice-presidente, Kamala Harris. Para o lugar de vice, surgem os nomes do governador do Kentucky, Andy Beshear, e o deputado Ro Khanna, da Califórnia.
De qualquer forma, ainda que as pesquisas apontem receios do eleitorado democrata quanto a manutenção da candidatura de Biden, o presidente do Comitê Nacional Democrata, Jaime Harrison, afirmou que as regras do partido não deixam espaço para um "Plano B".
