A defesa do policial federal penal, Jorge Guaranho, tenta comprovar que a motivação da discussão que terminou com a morte do guarda municipal e líder sindical Marcelo Arruda não teve motivação política.
A advogada Marise Jussara Franz, indicada pelo Sindicato dos Agentes Federais de Execução Penal de Catanduvas, no Paraná, onde Guaranho trabalha, solicitou nesta quarta-feira (13) à justiça uma perícia para constatar a embriaguez da vítima.
O documento, obtido pela BandNews FM, pede, ainda, imagens de câmeras de vigilância para verificar o consumo de bebida alcoólica pelo aniversariante durante a festa. Ao solicitar os exames, a advogada alegou ainda legítima defesa de Guaranho, que segundo ela fazia uma ronda no clube e também teria sido agredido.
O crime aconteceu no sábado (09), durante o aniversário de Arruda, que celebrava os 50 anos em uma festa temática com decoração alusiva ao Partido dos Trabalhadores.
Para o advogado da família da vítima, Daniel Godoy Junior, o pedido de perícia é uma tentativa de criminalizar a vítima e descaracterizar o crime de ódio por motivação política. O advogado também defende que Marcelo só reagiu ao ser atingido, para se defender.
Pelo menos três pessoas prestaram depoimento nesta quarta. Desde que o inquérito que apura a morte de Marcelo Arruda foi instaurado, 14 testemunhas foram ouvidas pela Polícia Civil do Paraná.
De acordo com informações da Secretaria da Segurança Pública e da Polícia Civil do Paraná esse inquérito deve ser concluído até a próxima terça-feira (19). A Sesp informou ainda que o policial penal federal Jorge Guaranho continua internado em estado grave e que não há previsão de alta da Unidade de Terapia Intensiva.