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Defesa de Daniel Alves tem até fim do mês para entrar com recurso contra prisão

Novos depoimentos afirmam que, enquanto a vítima estava chorando, o brasileiro foi embora da boate, em Barcelona; jogador permanece preso preventivamente na Espanha

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Defesa de Daniel Alves tem até fim do mês para entrar com recurso contra prisão
Foto: Lucas Figueiredo/CBF

A defesa do jogador Daniel Alves terá até o dia 31 de janeiro para apresentar um recurso solicitando que o brasileiro responda a acusação de estupro em liberdade. O lateral está preso preventivamente desde o último dia 20 após ter sido denunciado por uma jovem. O crime teria acontecido no dia 30 de dezembro de 2022 em uma boate em Barcelona. 

A justiça da Catalunha aceitou ampliar o prazo para o pedido do recurso por causa da mudança na representação do jogador. Na terça (24), o atleta contratou um novo advogado que já defendeu inclusive Lionel Messi por uma suposta fraude fiscal na Espanha.

Entre as novidades da investigação está o depoimento do gerente da boate Sutton, em Barcelona, na qual o crime teria acontecido.

Robert Massanet afirmou à polícia que viu a vítima chorando na saída do local. Ele explicou às autoridades que viu a jovem saindo da boate e que foi ao encontro dela para entender o que havia acontecido. O gerente ainda disse que, enquanto tentava acalmar a mulher, o brasileiro passou ao lado dos dois no momento em que deixava a casa noturna.  

As afirmações foram feitas em depoimento às autoridades espanholas. O jornal catalão “LaVanguardia” obteve acesso ao registro da oitiva de Massanet. A publicação afirma que, após 16 minutos no banheiro com Daniel Alves, a mulher de 23 anos chamou a prima para sair do estabelecimento.

Um segurança viu as duas saindo do local. O funcionário entranhou o fato da jovem estar chorando e a abordou. De acordo com o depoimento, ela “desabou” ao ser questionada pelo homem e a boate deu início ao protocolo aplicado em casos de violência contra mulheres.  

Massanet confirmou que foi alertado da situação e que ela foi levada para um local reservado, em um corredor. Ele diz tentou acalmar a jovem para que ela conseguisse explicar o que havia acontecido.  

“Não tive conforto. Eu perguntei a ela: 'Mas o que aconteceu com você? Diga-me o que aconteceu com você. Você tem que se acalmar’. Mas fiquei muito impressionado", disse o gerente à polícia local.

O depoente afirma ainda que, no momento em que o segurança, ele e as duas mulheres estavam no corredor, Daniel Alves passou perto deles, saindo do estabelecimento.  

O choro foi gravado, sem querer, por uma câmera acoplada ao uniforme de um membro da força policial da Catalunha. De acordo com o jornal "El Periódico", o vídeo mostra a suposta vítima nervosa e contando aos agentes o que havia acontecido.