A defesa de Jair Bolsonaro pediu nesta quarta-feira (27) uma reunião com o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, para esclarecer a estadia do ex-presidente na Embaixada da Hungria em Brasília.
Na última segunda-feira (25), o magistrado deu prazo de 48 horas para que Bolsonaro explicasse a visita realizada entre os dias 12 e 14 de fevereiro deste ano, como revelado pelo jornal The New York Times.
Na petição enviado ao STF, os advogados alegaram que seria "ilógico" afirmar que o ex-presidente tenha ido à embaixada para solicitar asilo político.
"Diante da ausência de preocupação com a prisão preventiva, é ilógico sugerir que a visita do peticionário à embaixada de um país estrangeiro fosse um pedido de asilo ou uma tentativa de fuga. A própria imposição das recentes medidas cautelares tornava essa suposição altamente improvável e infundada", disse a defesa.
Em uma rede social, o advogado Fabio Wajngarten pediu, no entanto, que seja feita uma reunião no gabinete do ministro para esclarecer o caso. "A defesa reitera o desejo de despachar pessoalmente com o Ministro afim de elucidar por completo toda e qualquer especulação fantasiosa sobre o tema", escreveu.
Dias antes da visita, Jair Bolsonaro foi alvo da operação Tempus Veritatis, que apura uma suposta tentativa de golpe de Estado, e o passaporte dele foi retido pela Justiça.