Dias após os inícios das queimadas que provocaram uma onda de fumaça que se alastrou pelo Brasil, o estado de São Paulo ainda convive com focos de incêndio. A falta de chuvas, o tempo seco e as altas temperaturas contribuem para que o fogo se alastre, mas o nascimento do fogo pouquíssimas vezes têm origem natural.
Tenente Maxwell de Souza, porta-voz da Defesa Civil, conversou com a equipe de reportagem da BandNews FM e explicou que há estudos do governo que indicam que 90% dos focos de queimada tem origem por ação humana.
"A gente precisa contar com o apoio da população. Temos um estudo do governo de São Paulo que aponta que 90% destes focos de queimada tem origem de ação humana. Denuncie alguma prática criminosa ou se alguém atear fogo", disse.
"Tempo muito seco, solo sem nenhuma água, vegetação seca. As equipes da Defesa Civil, do Corpo de Bombeiros, brigadistas lançam água e fazem o combate. Dali a poucos minutos, na mesma vegetação, há uma reignição e o fogo volta a tomar conta de novo", explicou o servidor sobre as dificuldades de atuação.
Na última quarta-feira (5), ao menos 240 cidades brasileiras enfrentam um clima mais seco que o do deserto do Saara, na África. Em Brasília, a umidade relativa do ar permaneceu em 7%, enquanto a região desértica na África registrou o dobro, com 14%.