Defesa afirma que Mauro Cid não vai se omitir em depoimento à Polícia Federal

Ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro será ouvido na segunda-feira (11) em investigações sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado nas eleições de 2022

Rádio BandNews FM

Mauro César Barbosa Cid
Pedro França/Agência Senado

A defesa do tenente-coronel Mauro Cid garante que ele não vai se omitir no depoimento à Polícia Federal marcado para a próxima segunda-feira (11). O ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro foi convocado novamente para depor nas investigações sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado nas eleições de 2022. Os investigadores querem saber se o tenente tem mais detalhes sobre a trama golpista, denunciada também pelo ex-comandante do Exército Freire Gomes.

Em depoimento há uma semana, o militar apontou a existência de uma reunião para discutir a elaboração de documentos para reverter o resultado das eleições.

O advogado de Mauro Cid, Cézar Bittencourt, diz que o cliente já entregou todas as informações importantes para o inquérito, porém ressaltou que ele responderá a todas as perguntas, sem titubear.

Mauro Cid está em liberdade provisória desde setembro do ano passado, após firmar um acordo de delação premiada com a PF. Ele cumpre medidas preventivas, como a proibição viagens e o uso obrigatório de tornozeleira eletrônica.

A defesa de Jair Bolsonaro ainda aguarda uma decisão do Supremo Tribunal Federal para ter acesso aos depoimentos de Cid, Freire Gomes e do ex-comandante da Aeronáutica Baptista Júnior. O relator do inquérito, Alexandre de Moraes, negou o primeiro pedido, alegando que a liberação do conteúdo pode atrapalhar as investigações.

O ministro também analisa a solicitação da Procuradoria-Geral da República que recomendou a soltura do ex-assessor especial de Jair Bolsonaro, Filipe Martins. A PGR ainda aponta que o passaporte do ex-servidor deve ser apreendido para evitar uma fuga.

No caso do coronel Marcelo Câmara, então chefe de segurança do ex-presidente, o órgão se manifestou contra a revogação da prisão preventiva. O militar é acusado de monitorar autoridades ilegalmente, incluindo o próprio Alexandre de Moraes, que seria preso caso o golpe se concretizasse.

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