O estado do Mato Grosso do Sul está sob decreto de situação de emergência devido aos incêndios que destroem fauna e flora no Pantanal.

O texto possibilita uma resposta mais rápida aos municípios do estado afetados pelos incêndios e é válido por 180 dias. Durante este período, a mobilização de todos os órgãos estaduais está autorizada, sob a coordenação da Defesa Civil, para ações de resposta ao desastre, reabilitação do cenário e reconstrução.

Nesta segunda (24), após uma reunião realizada pela sala de situação de crise criada para monitorar os incêndios, composta por 19 ministérios, ficou definido que o governo federal vai enviar uma força-tarefa para Corumbá, conhecida como capital do Pantanal.

Neste final de semana, um vídeo de uma festa em Corumbá (MS), mostrou um incêndio ao fundo enquanto a celebração ocorria. Corumbá registrou 1.291 focos de incêndio, tornando-se o município mais afetado pelas queimadas no Pantanal neste ano.

Segundo a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, o maior problema é ação humana, já que 85% dos incêndios estão dentro de propriedades particulares. A ministra do Planejamento, Simone Tebet, disse que R$ 100 milhões serão usados no combate, mas que não há orçamento que dê conta da falta da consciência da população.

Há pouco mais de uma semana, 30 entidades ligadas a preservação do Meio Ambiente assinaram uma carta pedindo que o governo federal peça ajuda internacional no combate.

Na ocasião, o governo disse que não descartava o pedido, mas que estava focado nas ações envolvendo as forças estaduais.

A área queimada neste ano no Pantanal sul-mato-grossense chegou até este domingo (23) a 627 mil hectares, são equivalentes a 672 campos de futebol.