O ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, disse, em entrevista à Rádio BandNews FM, neste domingo (12), que existe um desconforto “intenso” por parte do governo Lula e por parte de parlamentares com a postura do embaixador de Israel no Brasil.
Daniel Zonshine se reuniu com parlamentares de oposição em Brasília nesta semana. Jair Bolsonaro, ex-presidente, também participou do encontro na última quarta-feira (8). Em nota, a embaixada israelense disse que o encontro no Congresso Nacional teve como intenção mostrar “as atrocidades do 7 de outubro cometidas pelos terroristas do Hamas” e que apenas parlamentares foram convidados. O texto comunica que Bolsonaro não foi convidado.
Além da presença de Bolsonaro no evento, o governo se queixa do critério de escolha dos políticos selecionados para acompanhar a fala de Zonshine. “Tenho certeza de que essa postura não representa todos os israelenses, muito menos todos os judeus”, disse Padilha, após a saída de brasileiros da Faixa de Gaza.
Questionado se haverá algum posicionamento formal diante da postura do embaixador, Padilha disse que não, e que o foco está na finalização da operação Voltando em Paz, que já resgatou mais de 1.400 pessoas no Oriente Médio.
“Nós temos as melhores relações possíveis com Israel, o Brasil foi decisivo e sempre defendeu a existência do Estado de Israel”, finalizou.