Cúpula do Mercosul: Acordo com União Europeia deve ser formalizado nesta sexta (6)

Acordo traz temas relevantes e busca fortalecer a relação entre os dois blocos

BandNews FM

Cúpula do Mercosul: Acordo com União Europeia deve ser formalizado nesta sexta (6)
Cúpula do Mercosul: Acordo com União Europeia deve ser formalizado nesta sexta (6)
Lula em discurso no Mercosul (Foto: Reprodução/Canal Gov)

A Cúpula do Mercosul ocorre no Uruguai, com a participação do presidente Lula e outros líderes do grupo e, nesta sexta-feira (6), há expectativa para um acordo com a União Europeia.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, também está em Montevidéu, o que aumenta a esperança do anúncio negociado há mais de 20 anos.

Dentre os acordos, estão as cooperações política e ambiental; Livre-comércio; Compras governamentais; Normas sanitárias e fitossanitárias; Proteção dos direitos de propriedade intelectual entre outros.

Alguns temas já haviam sido resolvidos em 2019, quando os blocos conseguiram um acordo inicial. O texto, porém, precisava passar por validação, como a autorização dos parlamentos de todos os países envolvidos. Com isso o acordo travou e só foram retomadas nos últimos meses a pedido da União Europeia.

Úrsula Von der Leyen, afirmou que o acordo criaria a maior parceria de comércio e investimento do mundo, auxiliando ambas as regiões e atingindo 700 milhões de pessoas.

Países europeus são opostos as tratativas, como França e Polônia. O presidente francês, Emmanuel Macron, classificou o acordo como “inaceitável” em seu estado atual. A França é um dos maiores produtores agrícolas da UE e deve ser prejudicado pelo acordo, já que na América do Sul existem grandes produtores de grãos e alimentos.

Para impedir o acordo, a França precisa formar o que a UE chama de “minoria qualificada”, onde quatro países, pelo menos, devem ser opostos ao tratado. A França tenta trazer Itália, Países Baixos e Áustria para a aliança.

Na prática, caso seja assinado nesta sexta-feira, o acordo não terá efeito prático e imediato.

Antes de entrar em vigor, há uma série de procedimentos a serem seguidos como a revisão jurídica, e por um processo de tradução do texto para 20 línguas diferentes. Após esses procedimentos, o texto precisará do aval dos parlamentos europeus e dos países do Mercosul, além de ser aprovado pelo Conselho da UE.

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