O ex-jogador de futebol Robinho passou a primeira noite na Penitenciária 2 de Tremembé, no interior de São Paulo, para o cumprimento da pena de prisão por estupro.
O ex-atleta chegou ao estabelecimento prisional no começo da madrugada desta sexta-feira (22).
Ele foi transportado de Santos, onde foi detido pela Polícia Federal por volta das 20h desta quinta-feira (21).
Robinho foi preso após se entregar no prédio onde possui um apartamento no bairro Aparecida.
Depois disso, ele foi levado à sede da PF na cidade do litoral paulista, foi submetido a uma audiência de custódia e passou pelo exame de corpo de delito.
O mandado foi expedido pela Justiça Federal em Santos após a decisão do Superior Tribunal de Justiça desta quarta-feira (20).
A corte especial do STJ confirmou, por 9 votos a 2, a possibilidade de transferência da execução da pena estabelecida pela Itália.
Robinho foi condenado pela Justiça italiana em 2017, com sentença transitada em julgado em 2022.
O ex-atleta recebeu a pena de 9 anos de prisão por participar do estupro coletivo de uma jovem albanesa numa casa noturna em Milão cometido em 2013.
A defesa do ex-jogador entrou com um habeas corpus no Supremo Tribunal Federal, mas ele foi negado pelo ministro Luiz Fux.
Os advogados já encaminharam recursos ao STJ e podem pedir novas providências ao STF.
Robinho pôde ser preso antes dos últimos recursos porque o julgamento já transitou em julgado na Itália.
A defesa do ex-atleta sustenta que a validação da sentença italiana pelo Superior Tribunal de Justiça contraria a Constituição do Brasil.
Desta maneira, os advogados entendem que o mérito do caso precisa ser analisado pelo Supremo Tribunal Federal, que decide sobre assuntos constitucionais.
A TV Band conversou com o advogado da vítima do estupro coletivo que teve a participação de Robinho.
Iacopo Gnocchi considera que a determinação do Superior Tribunal de Justiça mostra que a condução do processo pelas autoridades italianas foi adequada.
Ele lembrou que o ex-jogador de futebol teve toda a oportunidade de apresentar a defesa durante o julgamento nas três instâncias.
O advogado ressalta que o importante é que a justiça está sendo feita.
O crime cometido por Robinho e mais cinco pessoas que resultou na prisão do ex-atleta aconteceu no dia 22 de janeiro de 2013.
Na época, o brasileiro jogava pelo Milan, na Itália, e participou de uma festa em uma casa noturna com amigos.
Apesar de todo o grupo ter sido denunciado pelo Ministério Público, apenas Robinho e Ricardo Falco, amigo do jogador, foram condenados pelo crime de estupro.