A vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, recebe o apoio de políticos internacionais após ficar sob a mira de um revólver na noite desta quinta-feira (1). A ex-presidente chegava em casa no bairro da Recoleta, em Buenos Aires, quando foi surpreendida por um homem armado que tentou disparar contra ela, mas o revólver travou. O suspeito do crime é um brasileiro.
Em cadeia de rádio e TV, o presidente argentino Alberto Fernández pediu o fim da violência política e do ódio no país. Ele ainda declarou feriado nacional nesta sexta (2) para prestar solidariedade à Cristina.
A Casa Rosada confirmou que a arma apreendida com o suspeito tinha cinco balas e disse que as motivações de Fernando Sabag Montiel, de 35 anos, ainda são investigadas.
Pelo Twitter, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, aliado dos Kirchner, classificou o episódio como um ataque à democracia e disse ser necessário respeitar divergências políticas e o trabalho de Cristina, com quem ainda se solidarizou.
A presidente do PT, Gleisi Hoffman, classificou como “muito grave” o incidente e desejou força para Kirchner.
Entre os líderes de esquerda na América Latina, Miguel Diaz-Canel, presidente de Cuba, se disse “consternado com a tentativa de assassinato” da política argentina. O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, afirmou repudiar “ações que visam desestabilizar a paz do povo argentino”. Ele ainda declarou que a “Pátria Grande” está com Cristina.
Os presidentes do Chile, Gabriel Boric, da Bolívia, Luís Alberto Arce, e do Peru, Pedro Castillo, publicaram mensagens de apoio à vice-presidente e repudiaram a violência.
A candidata do MDB à presidência, Simone Tebet, disse ser preciso dar basta na violência política e pediu paz no ambiente eleitoral.
A senadora Soraya Tkronicke, candidata ao Planalto pelo União Brasil, afirmou não ser possível subestimar a capacidade do ódio e lamentou o atentado.