A Polícia Civil investiga se pelo menos outras 30 mulheres atendidas pelo anestesista preso após estuprar uma mulher durante uma cesariana também foram vítimas do criminoso. O crime ocorreu no Hospital da Mulher, em São João de Meriti, na Baixada Fluminense.
Duas pacientes que foram atendidas por Giovanni Quintella Bezerra, de 31 anos, no domingo (10) devem prestar depoimento na Delegacia de Atendimento a Mulher (Deam) de São João de Meriti, que investiga o caso.
Segundo a Delegada Bárbara Lomba, a polícia já conseguiu confirmar que as duas também foram sedadas durante a cesareana e que os procedimentos foram muito parecidos.
Na quarta-feira (13), os policiais receberam um ofício do Hospital da Mãe de Mesquita, outra unidade de saúde onde o criminoso atuou, com a relação de mulheres que passaram por cirurgias com o anestesista. A lista conta cerca de 30 mulheres.
Além disso, durante a manhã desta quinta-feira (14), a direção de outro hospital procurou a delegacia para alertar que o anestesista participou de procedimentos com mulheres e se colocou à disposição para enviar um ofício com a quantidade de pacientes, que são vistas como possíveis vítimas.
A Polícia Civil aguarda ainda a relação de mulheres que Giovanni atendeu nos últimos dois meses no Hospital da Mulher de São João de Meriti, onde ele foi preso.
Giovanni oficializou a especialização como anestesista em abril e a Deam está fazendo o levantamento de em quantos hospitais ele trabalhou. A polícia acredita que toda mulher que passou por um procedimento com o médico é uma possível vítima.
O anestesista está preso desde domingo (10) após ser flagrado estuprando uma paciente durante um parto, no Hospital da Mulher de São João de Meriti. Até o momento, Giovanni é investigado por seis crimes de estupro e deve ser indiciado por estupro de vulnerável. A pena de prisão varia de 8 a 15 anos de detenção.