CPMI ouve nesta terça (29) coronel que chefiava PM do DF em 8 de janeiro

Fábio Augusto Vieira é acusado de omissão no dia das invasões às sedes dos Três Poderes

BandNews FM

CPMI ouve nesta terça coronel que chefiava PM do Distrito Federal em 8 de janeiro
Foto: Agência Brasil

A CPMI do 8 de Janeiro no Congresso Nacional ouve nesta terça-feira (29) o coronel Fábio Augusto Vieira, que era o comandante da Polícia Militar do Distrito Federal (PM-DF) no dia dos ataques de criminosos às sedes dos Três Poderes, no início do ano. O depoimento está marcado para as 9h.

O ex-comandante e outros seis oficiais foram presos no dia 18 de agosto por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo a Procuradoria-Geral da República, a cúpula da Polícia Militar do Distrito Federal foi omissa e deixou de agir para impedir os ataques. O coronel Fábio Augusto já havia sido preso em janeiro, dias após as invasões.

O depoimento do militar atende a sete requerimentos de convocação. Três pedidos são assinados pelos senadores Eduardo Girão (Novo-CE), Marcos do Val (Podemos-ES) e Izalci Lucas (PSDB-DF).

Para o senador Girão, a Polícia Militar sofreu "um apagão de coordenação e comando" em 8 de janeiro. "Como comandante e com acesso diário aos relatórios de inteligência, [o coronel Fábio Augusto] tinha conhecimento que as manifestações eram fatos portadores de preocupação a exigir medidas preventivas efetivas, o que de fato não ocorreu dado o despreparo da PM-DF e a total falta de coordenação", defende o parlamentar.

O senador Izalci Lucas destacou que, segundo o ministro Alexandre de Moraes, "o coronel [Fábio Augusto] perdeu a capacidade de liderar seus comandados diretos, uma vez que suas solicitações por reforço não foram consideradas nem atendidas prontamente". Para Marcos do Val, o comando do militar "foi falho", o que "permitiu que os manifestantes rompessem as linhas de controle estabelecidas e invadissem e depredassem as sedes do Congresso Nacional, do Supremo Tribunal Federal e da Presidência da República”, justificou.

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