A Comissão Parlamentar Mista de Inquéritos dos atos de 8 de janeiro volta se reunir nesta terça (27) para ouvir o ex-subchefe do Estado Maior do Exército Jean Lawand Júnior.
O coronel será questionado sobre as mensagens trocadas com o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro Mauro Cid sobre um possível golpe após o resultado das eleições. A conversa foi identificada pela Polícia Federal em operação que apreendeu o celular de Cid. Na ocasião, Lawand e Mauro Cid discutem a “tomada do poder”. Em uma das mensagens, o coronel pede para que o então auxiliar do presidente convencesse ele a “salvar o país”: “Cidão, pelo amor de Deus, cara. Ele dê a ordem, que o povo está com ele, cara".
Jean Lawand Júnior garantiu no Supremo Tribunal Federal o direito de permanecer em silêncio na CPMI; a decisão foi tomada pela ministra Carmen Lúcia.
Ele também solicitou o direito de rejeitar a convocação, o que foi negado pela magistrada.
Nesta segunda-feira (26), a CPMI ouviu o ex-chefe de Operações da Polícia Militar do Distrito Federal Jorge Eduardo Naime – que chegou a apresentar um atestado de ansiedade e depressão, mas desistiu e compareceu à Comissão.
Ele afirmou que estava de férias no dia dos atos criminosos e só foi chamado quando os prédios do Palácio do Planalto, do Congresso e do Supremo Tribunal Federal já tinham sido invadidos.
Jorge Eduardo Naime negou qualquer tipo de omissão, mas admitiu que a Polícia Militar falhou no episódio.