A CPMI que investiga os atos criminosos de 8 janeiro aprovou nesta terça-feira (11) os requerimentos de quebras de sigilo de militares aliados de Jair Bolsonaro. A autorização foi concedida antes do início da sessão que recebeu o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente.
A aprovação se deu por acordo, sem contagem de votos. "Os pedidos de quebra de sigilos que nós estamos fazendo nesta comissão hoje são de depoentes que já foram ouvidos nesta comissão e que não contribuíram com os trabalhos. Não dá para a gente continuar os trabalhos da CPI sem ter quebra desses sigilos", disse a relatora Eliziane Gama.
Um dos atingidos pela quebra de sigilo bancário, fiscal, telefônico e telemático é o ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal, Silvinei Vasques. Ele prestou depoimento no mês passado sobre as ações da PRF que teriam dificultado a movimentação de pessoas em rodovias federais no segundo turno das eleições de 2022.
A CPMI também terá acesso a dados bancários e telemáticos de George Washington de Oliveira Sousa, que foi condenado a 9 anos e 4 meses de prisão pela tentativa de atentado a bomba nos arredores do Aeroporto de Brasília, em dezembro do ano passado.
O coronel Jean Lawand Júnior, que participou de uma sessão para esclarecer mensagens com teor golpista, terá os sigilos telefônico e telemático transferidos para os membros da comissão. Jorge Eduardo Naime, ex-chefe do Departamento Operacional da Polícia Militar do Distrito Federal, também foi alvo dos requerimentos.