As principais comissões de inquérito do Congresso Nacional têm importantes definições nesta semana.
Já nesta terça-feira (23), as duas CPIs da Câmara dos deputados, a que investiga o MST e a que investiga a manipulação dos resultados no futebol brasileiro, apresentaram os planos de trabalho.
A Comissão para investigação a atuação do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra tem maioria da oposição e já foi marcada por confusões.
Entre os problemas, a deputada Talíria Petrone, do PSOL do Rio de Janeiro, relembrou a investigação da Polícia Federal contra o relator da comissão, deputado Ricardo Salles, do PL de São Paulo, que por sua vez, disse que entraria com uma ação no conselho de ética.
O presidente da comissão, o deputado tenente-Coronel Zucco, do Republicanos do Rio Grande do Sul, cortou o microfone da deputada Sâmia Bonfim, do PSOL de São Paulo, após ela citar uma investigação que corre contra ele por suspeita no financiamento dos atos de 8 de janeiro.
A justificativa para o corte na fala foi a de que a Comissão não permitiria ataques pessoais.
Houve também acusações contra o deputado Valmir Assunção, do PT da Bahia, que é ligado ao MST, que foi chamado de "movimento de marginais" por outros parlamentares.
Já a comissão que investiga a influência das chamadas "bets", casas de apostas virtuais no futebol, teve como uma das primeiras ações uma moção de repúdio aos crimes de racismo praticados contra o jogador Vinícius Junior.
Um dos membros, o deputado Leur Lomanto Júnior, do União Brasil da Bahia, pediu foco aos deputados nas investigações de manipulação, e posteriormente, no trabalho de regulamentação dos sites.
Ainda nesta semana, deve ser instalada a CPMI dos atos de 8 de janeiro, prevista para ocorrer nesta quinta-feira (25).