A Comissão Parlamentar de Inquérito que investiga as ações do governo federal durante a pandemia da Covid-19 ouviu o depoimento de Francisco Araújo, ex-secretário de Saúde do Distrito Federal.
Ele negou qualquer relação com a Precisa Medicamentos, empresa envolvida em negociações suspeitas para a compra de vacinas pelo Ministério da Saúde. Francisco Araújo ainda afirmou que cancelou um processo de compra de testes e que depois foi reaberto contando com a participação de sete empresas. Foram 150 mil exames comprados a um valor de quase R$ 21 milhões.
O depoimento do ex-secretário de Saúde foi adiantado após o suposto lobista Marconny Faria não comparecer no colegiado. Segundo o presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM), Marconny é procurado pela Polícia Legislativa. Esta é a quinta vez que os senadores remanejam o depoimento de Araújo.
Na última semana, ele obteve no Supremo Tribunal Federal (STF) uma liminar para ficar em silêncio em perguntas que pudessem o auto incriminar.
Araújo chegou a ser preso em 25 de agosto de 2020, resultado da Operação Falso Negativo. Na ocasião, ele ocupava o cargo de secretário de Saúde do Distrito Federal. Depois, foi afastado e exonerado do cargo público.