A CPI da Pandemia ouve, nesta terça-feira (06), Regina Célia Silva Oliveira, a fiscal do contrato da vacina Covaxin no Ministério da Saúde. Ela é a servidora responsável por autorizar a compra das doses do imunizante indiano no mês de março.
Os senadores pretendem avançar nas investigações sobre os contratos para a compra de vacina e que apresentam suspeitas de irregularidades. A vacina indiana foi a mais cara comprada pelo governo federal.
A expectativa é que a comissão também faça a votação das quebras de sigilo do deputado Luis Miranda, que fez a denúncia, e do representante do governo na Câmara, Ricardo Barros.
Nesta segunda-feira (05), o ministro do Tribunal de Contas da União, Benjamin Zymler, pediu ao governo esclarecimentos sobre o preço da Covaxin. Ele pediu a cópia de todos documentos e atas de reunião que trataram das negociações para a compra. O ministro também deu o prazo de 10 dias para a pasta prestar os esclarecimentos.
PRÓXIMOS DIAS
O ex-diretor de Logística da pasta, Roberto Ferreira Dias, foi convocado para prestar depoimento na quarta-feira (07). Ele foi exonerado após ser acusado de pedir propina na negociação de doses da vacina AstraZeneca.
O presidente da CPI, o senador Omar Aziz, afirmou que a necessidade do momento é focar em pessoas envolvidas nas negociações de imunizantes.
Na quinta-feira (08), está prevista a oitiva de Francieli Fontana Fantinato, que pediu demissão do cargo de coordenadora do Programa Nacional de Imunizações.
O depoimento do líder do governo na Câmara, Ricardo Barros, ainda não tem data marcada. O deputado teria sido citado pelo presidente Jair Bolsonaro como o responsável pelas negociatas no ministério. Ele recorreu ao Supremo para ter o depoimento marcado o mais breve possível.