A CPI da Pandemia ouve nesta quarta-feira (11) o executivo Jailton Batista, diretor do laboratório Vitamedic, que fabrica a ivermectina no Brasil.
O medicamento não tem eficácia no tratamento da Covid-19, mas registrou alta de mais de 1000% nas vendas durante a pandemia.
Na terça-feira (10), quem prestou depoimento foi o tenente-coronel da reserva, Hélcio Bruno, presidente do Instituto Força Brasil.
O militar é apontado como o elo entre a empresa Davati e o Ministério da Saúde na negociação de 400 milhões de doses da vacina da AstraZeneca.
Com habeas corpus obtido no Supremo Tribunal Federal, Hélcio Bruno se manteve em silêncio e não respondeu a nenhuma pergunta sobre as suspeitas de irregularidades.
Hélcio Bruno, no entanto, caiu em contradição ao dizer que jamais esteve em um jantar com o PM Luiz Paulo Dominguetti, que se apresentava como representante da Davati.
Uma foto exibida na CPI mostrou os dois juntos em torno de uma mesa, o que gerou cobranças por parte dos senadores.
AINDA NA CPI
O presidente da CPI da Pandemia, o senador Omar Aziz, abriu a reunião da comissão desta terça-feira (10) fazendo um pronunciamento contra o desfile militar realizado na Esplanada dos Ministérios.
Os blindados da Marinha foram em fila entregar um convite para o presidente Jair Bolsonaro acompanhar um exercício militar em Formosa, no entorno do Distrito Federal. Aziz disse que a cena foi patética.
O senador afirmou ainda que a democracia é inegociável e que o papel das Forças Armadas e defender o Estado e não ameaçar a democracia. Aziz ainda criticou os gastos do governo em uma ação que busca demonstrar força, mas que na verdade aponta fraqueza.
Outros senadores da CPI também criticaram a ação comandada por Bolsonaro e os chefes das Forças Armadas.