Os senadores da CPI da Pandemia entregaram nesta quinta-feira (28), ao Tribunal de Contas da União uma cópia do relatório final aprovado pela comissão. A ação parte do encerramento das atividades da CPI da Pandemia,
O órgão será o responsável por verificar se houve interferência política na Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS, a CONITEC, no adiamento da votação do texto que não recomendava o chamado "Kit Covid" no tratamento do Coronavírus.
Esse kit é composto por medicamentos que, apesar de já terem se comprovado ineficazes, são defendidos pelo presidente Jair Bolsonaro e por integrantes do Governo, como a Azitromicina, a Cloroquina e a Ivermectina.
O Presidente da CPI, Senador Omar Aziz, afirmou que os próximos passos são delicados, e que o TCU tem que avançar em investigações da Comissão, e que o material não deve ser arquivado nas próximas instâncias de investigação.
O relatório tem mais de 1200 páginas, e pede 80 indiciamentos, responsabilizando o Presidente Jair Bolsonaro por nove supostos crimes cometidos ao longo da pandemia.
No material também constam pedidos de indiciamento a Ministros de Estado, Ex-Ministros, TRÊS dos filhos de Bolsonaro, além de Deputados, Médicos, Empresários e o Governador do Amazonas, Wilson Lima.
O fato é que DUAS empresas que prestaram serviço para o Ministério da Saúde também estão na lista, a Precisa Medicamentos e a VTCLog.
Ainda como parte do encerramento das ações da CPI, os Senadores entregaram ao Presidente do Supremo Tribunal Federal, Ministro Luiz Fux, uma cópia do relatório final aprovado.
A ideia é de que o material possa ajudar nas investigações contra autoridades com foro privilegiado, a exemplo da entrega que já foi feita ao Ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito das Fake News e dos Atos Antidemocráticos.
Na avaliação do Senador Humberto Costa, por questão de bom senso, o PGR Augusto Aras, deve iniciar a investigação pelo Presidente Jair Bolsonaro.
O fato é que além das entregas na Capital Federal, os Senadores pretendem, nos próximos dias, levar cópias do relatório aos Ministérios Públicos do Amazonas, São Paulo, além do Rio de Janeiro.
Além disso, existe a expectativa de que o material seja traduzido no próximo mês e enviado ao Tribunal Penal Internacional.