CPI da Pandemia vai focar nas investigações no superfaturamento de vacinas

Possibilidade de prorrogar a CPI e o depoimento de Ricardo Barros devem ser discutidos nessa semana.

Rádio BandNews FM

CPI da Pandemia vai focar as investigações no superfaturamento de vacinas Sérgio Lima
CPI da Pandemia vai focar as investigações no superfaturamento de vacinas
Sérgio Lima

A Comissão Parlamentar de Inquérito da Pandemia retoma os trabalhos nesta semana; a convocação do deputado federal Ricardo Barros como depoente e a possibilidade de prorrogar as investigações devem ser o foco da discussão dos senadores após os depoimentos dos irmãos Miranda na última sexta-feira (25) sobre irregularidades nos contratos entre o Ministério da Saúde e a Precisa Medicamentos. As reuniões serão retomadas nesta terça-feira (29).

O vice-presidente da CPI da Pandemia, senador Randolfe Rodrigues, já anunciou que vai entrar nesta segunda (28) com um pedido na Procuradoria-Geral da República contra Jair Bolsonaro pelo crime de prevaricação. Isso se dá quando o agente público não cumpre o ofício do mandato ou demora para cumpri-lo, para interesse pessoal, por exemplo.

A intenção de Randolfe Rodrigues surgiu após a suspeita de que Ricardo Barros, líder do governo na Câmara, estaria envolvido em ilicitudes na compra da Covaxin. A denúncia sobre um superfaturamento para a aquisição da vacina indiana foi feita pelo deputado Luis Miranda e o irmão Luis Ricardo, servidor do Ministério da Saúde.

Para Ranfolfe Rodrigues, ficou claro que, mesmo sabendo das irregularidades o presidente Jair Bolsonaro não pediu uma investigação

Em nota, Ricardo Barros se defendeu e disse que "não há qualquer envolvimento meu no contrato de aquisição da Covaxin".

O deputado - que deve ser convocado ou convidado a depor na CPI - ainda se colocou à disposição da comissão e ressaltou que "fica evidente que não há dados concretos ou mesmo acusações objetivas".

A vacina Covaxin é fabricada pelo laboratório indiano Barath Biotech, e importado e distribuído no Brasil pela Precisa Medicamentos. O representante da importadora, Francisco Maximiano, deve prestar depoimento ainda nesta semana à CPI da Pandemia.